A sós com nossas loucuras, amores, vertigens, dores e prazeres.
Olhe para todos os lados. Lá estao.
Olhe de cima, do alto. Lá ficam.
E uma brilhante síntese se revela.
Como bruma sobre o mar calmo.
Inacreditavelmente plena, plana, etérea, eterna.
Onipresente a este entra e sai de corpos.
Um verbo. A primeira palavra.
Sou.
Que antecede o silencio.
Numa tarde que nao aguarda o sol se por.
Sem crepúsculo, manhas e noites.
Atemporal abraco de Deus.
Árida plenitude.
Agora vejo. Que meus amores sou eu.
Que minhas loucuras sao distracoes.
Que as dores e prazeres sao, na verdade, uma coisa só.
Que separamos para fins didáticos.
Fico, permaneco, nao desco a terra.
Quero ar, sobre o mar, úmido, na iminencia do tocar.
Te arrepiando a pele.
Pois voce me sente.
Nao que eu te ame.
Amo a vida. Sem distincao.
Casamentos nao me cabem.
Enormes.
A vocacao singular da humanidade.
Mínima.
Que só tem presente.
Os amigos se vao.
A amizade fica.
Os bracos mudam.
Ore para que sigam te abracando.
Que a solidariedade seja uma condicao.
Implodindo covardes constituicoes.
A lei é dormir com a consciencia limpa.
Se entregar a fundo perdido.
Com um sorriso no rosto.
Encantada com as cores das flores.
Com o azul do mar.
Danco sob a lua cheia.
De bracos abertos.
Olho para os lados.
E me permito ir pro alto.
Em pensamento nada lógico.
Pronto,
Sou bruma.
Sobre o mar da Grécia.
Microscópicas gotas de vida.
Sobre a pele de quem me perpassa.
Sou.
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Um texto que registra palavras aleatórias ao fechar dos olhos. Ao abrir dos ouvidos. Inspirada por uma série grega ousada no formato, no roteiro, com uma trilha sonora impecável, digna da grandiosidade daquele país eterno. Hellas! Voce me alegra com suas cores. Com seu povo feliz. Com um drama agudo que se perde no colorido de tudo que representas. Cantemos para celebrar o último capítulo de "Maestro"! Passei por tantos sentimentos nessa série. Ah, a arte.... Me desvirtuei mas sinto que há casa na arte. Entao aprecio e fico. Ah, a Klelia... Linda. Sigo apreciando e ficando.
