quarta-feira, 19 de abril de 2023

O poder da postura de atleta por nosso alto rendimento

 


Então serei testada. Com data e hora marcada. Claro que em mim existem muitas vozes e elas falam alto nessas horas. Umas questionam o teste, outras desistem dele enquanto algumas amam desafios e por aí vai. Um bate boca só. No final das contas é necessária inteligência emocional para orquestrar minimamente a confusão buscando um comum acordo das diferentes versões de mim. Olhando depois, é fantástico ver o aprendizado de um teste que vai muito além dele mesmo.

No meu caso foi um teste de performance esportiva. Mas poderia ser qualquer outro, com ou sem hora marcada. Em outras palavras, algo profissional, acadêmico, efetivo, do círculo de amizades, família, dentro do contexto espiritual, da vida em sociedade e por aí vamos. Mas foi do esporte e a reflexão aqui é como o esporte nos prepara para a vida. Usando didática recreativa ou competitiva, o esporte é uma ferramenta fantástica para desenvolver personalidades únicas e moldar nossa postura diante dos desafios.

Uma das vozes dizia: "Você não precisa desse teste pois ele não tem a menor utilidade no seu momento de vida!". Ledo engano. Pelo gatilho dos testes decidi me comportar como atleta pelo meu alto rendimento. Me comprometi, otimizei, nutri o corpo, treinei com regularidade não só o físico mas a atenção para realizar movimentos eficientes. Ativei todo um ecossistema de habilidades que me deram chão para reconhecer oportunidades que só com essa postura seria capaz considerar.

Antes mesmo dos testes, fui medalhada com conquistas diversas. Entreguei sem esperar e me surpreendi com um círculo virtuoso que me cercava por todos os lados. Foi fazendo acontecer a plenitude de cada minuto que hoje posso olhar pra trás com um belo presente nas mãos. Sonhando na infinitude de um átimo de segundo e realizando. Ah, essa postura de atleta de alto rendimento (que nunca fui) é o que recomendo para a vida. 

Estratégias, táticas, metas, treino, busca da excelência além das derrotas ou vitórias. Até porque, nunca acreditei nem na derrota e nem na vitória completa. A gente sempre ganha e perde o tempo todo. É um eterno se preparar para saber viver na plenitude do aqui e agora com seus respectivos custos e benefícios.

Mudei a minha postura ao escutar entrevista de uma (real) atleta de ponta. Aliás, histórias dessas pessoas têm um poder enorme de me inspirar. De vítima rabugenta e depressiva passei a agir. Tomei as rédeas, me afastei do que embaça, me apoiei na disciplina e me permiti todas as licenças poéticas que um sóbrio presente nos proporciona.

Ah, o teste! Ah, os testes! Sim, aconteceram e se somaram a tantas conquistas desse virtuoso processo. Que venham os próximos. Previstos ou não. #gratidão por ter reencontrado meu chão mais uma vez inspirada por histórias poderosas de atletas e pelo esporte.