segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Luxo com alma


 

Na plenitude da simplicidade. No vigor de quem acordou após dormir bem. Observando olhares de quem virou a noite sonhando acordado. 


Curtindo o fato de estarmos todos num lugar de sonho. Feliz agora por imaginar um bom futuro próximo. 


Cercada de gente que me parece honesta. Trabalhadores de vários dias ao longo do ano. De gente que vem com a família curtir os raros dias de férias. 


E eu gosto da zona de conforto dos sorrisos de quem não explora. De quem tem porque faz. De quem depende de outros talentos além da esperteza para ser o que quer. 


No café da manhã, uma TV que enuncia a persistência dos que seguirão nos amedrontando e tentando nos convencer de que é normal a justiça ser injusta. E na inversão dos valores, somos literalmente obrigados a viver as diferentes dimensões desses valores. 


E isso é muito bom. 


Pois nos conscientizaremos de que precisamos mais do que nunca dos sorrisos ingênuos de quem não explora para levar a inutilidade de egos inflados embora. 


De que precisamos da natureza humana mais autêntica e de uma família que nos acolhe para ficarmos em paz. 


De que precisamos de amor livre de condições limitantes... E isso passa bem longe de opção sexual. É optar por amar sempre que possível. E também por deixar que os outros amem a sua maneira.


Um ciclo se renova junto com o compromisso de conexão com a essência. Um exercício diário que garante pés no chão e asas para voar. Que multiplica o brilho de nossa centelha divina a um fator que nenhum software estatístico é capaz de prever. 


Um brilho perpetuado no entusiasmo do nosso olhar. Devolvido ao coletivo do bem viver. Levitando-nos para uma vibe ímpar. 


Conectando as peças, nos devolvendo a saúde e tirando todo o sentido da exploração.


Sigamos, sejamos, dancemos, cantemos, nos abracemos, andemos descalços, mergulhemos no mar, tomemos banhos de lua e de estrelas sob o céu desse Brasil farto de vida.


… E amemos muito o presente das presenças.


Um luxo com alma que não se deixa digitalizar ou gamificar. Que nenhum dinheiro do mundo compra, nenhum banco acumula e nenhuma droga “dissimula”.


Bom ano!